Sentada nos calcanhares, a mulher algarvia trabalha admiravelmente a “emprêta” de palma, confeccionando esteiras, alcofas, alcoviteiras, golpelhas, ceiras, etc. Alguns destes artefactos ornamentam-se com bordados a camelo, em lã e seda, de cores berrantes, figurando flores, barcos de velas enfunadas, corações varados por setas, árvores e nomes.

In Mulher Algarvia, 1946, Amilcar Louro


Agosto de 2021. Um século depois, Maria João Gomes recupera o génio da raíz mediterrânica que nos corre nas veias. O entrançado agora adaptou-se aos novos tempos, às novas mentalidades, às novas utilidades. Está vivo.