A cortiça representa hoje, uma das principais actividades económicas de S. Brás de Alportel. A tradição corticeira desta terra vem de meados do século XIX quando um grupo de comerciantes fizeram de S. Brás de Alportel um dos maiores centros preparadores de cortiça do mundo.





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O Sobreiro desenvolve-se em regiões secas, mas com alguma influência marítima. É assim uma árvore característica da bacia mediterrânica ocidental.

Em Portugal, o Sobreiro existe praticamente em todo o país, mas concentra-se principalmente a sul do rio Tejo, e mais nas zonas próximas do litoral.

A cortiça é a camada exterior do tronco do sobreiro. Depois de extraída, forma-se uma nova camada, que ao fim de 9 a 12 anos é também retirada, e assim sucessivamente. A exploração da árvore estende-se por todo o seu tempo de vida.

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A venda da cortiça no mato é uma prática antiga, e que pode ser feita de variadas formas, sendo as duas mais comuns a venda na árvore, e a venda depois da cortiça tirada. Neste caso, ela é empilhada, normalmente junto à estrada, numa exibição que procura ordená-la por categorias, mas também chamar a atenção do potencial comprador que por ali passe.

Ainda no mato, a cortiça é pesada, e vendida.

Antigamente, o transporte de cortiça no mato era feito utilizando animais de carga. Depois de pesada, a cortiça era enfardada com a ajuda de uma prensa manual, e transportada em animais ou em carroças para a fábrica.

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Depois de extraída, a cortiça necessita de secar durante pelo menos 6 meses, após o que é cozida, para eliminar quaisquer fungos ou insectos, e torná-la maleável e plana. Em seguida, a cortiça repousa novamente, entre duas e quatro semanas. É depois escolhida e separada em várias categorias, numeradas de acordo com a sua textura e calibre. Depois de prensada e atada, a cortiça está pronta a ser vendida às fábricas de transformação.

No processo de preparação da cortiça em prancha as alterações sentidas ao longo do tempo têm a ver apenas com as tecnologias utilizadas. Foram sendo introduzidos vários equipamentos eléctricos, como o guindaste ou as empilhadoras. Também as prensas utilizadas nas fábricas deixaram há muito de ser manuais.

Na última década, S. Brás de Alportel tem assistido a uma revitalização do sector corticeiro com o aparecimento de novas fábricas com equipamentos modernos.

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